UEFA convencida com as contas do FC Porto | OneFootball

O FC Porto registou um resultado líquido positivo de aproximadamente 40 milhões de euros no exercício 2024/25.

Em conferência de imprensa, José Pereira da Costa, director financeiro da SAD do FC Porto, detalhou os números divulgados no relatório entregue à CMVM, que evidenciam um resultado líquido próximo dos 40 M e mais de 170 milhões em vendas.

Fazendo referência a «2024/2025 foi o primeiro exercício completo da administração de André Villas-Boas», o dirigente salientou que se trata do resultado líquido mais elevado até agora, sobretudo tendo em conta o insucesso desportivo. «E não tivemos receitas da participação na Liga dos Campeões», disse.

José Pereira da Costa realçou «a reestruturação que foi feita e os bons resultados das receitas comerciais, com crescimento de associados e bilhética» e referiu também os proveitos obtidos com a presença no «Mundial de Clubes, que permitiu atenuar a não participação na Liga dos Clubes».

A SAD do FC Porto registou uma «redução dos custos operacionais de 30 milhões de euros», e devido à «restruturação financeira profunda, da dividia financeira foi possível reduzir cerca de 6 milhões de euros». «Os quase 40 milhões positivos permitiu uma melhoria relevante perto do positivo que queremos alcançar», acrescentou.

José Pereira da Costa lembrou que esta administração começou «de uma situação altamente desequilibrada» e conseguiu recompor «esses desequilíbrios».

As transferências de jogadores bateram um recorde, ascendendo aos 170 milhões de euros (totalizaram €171.502 M), o que permitiu cumprir integralmente as regras da UEFA em termos contabilísticos. «Apresentámos os valores à UEFA e convencemos a UEFA a não nos colocar sob a alçada do fair play financeiro e tivemos uma multa muito menos pesada, de 750 mil euros, que já foi paga, e vamos conseguir sair da situação em que estávamos.»

Face ao exercício 2024/2025, o director financeiro renovou as «ambições mais fortes e renovadas» do FC Porto agora que não pesa «a nuvem negra» das sanções da UEFA.

Pereira da Costa explicou que o reforço do plantel nesta janela de mercado só foi possível porque, somando os mercados anteriores, o FC Porto encaixou «156 milhões» com vendas de jogadores e as «compras foram de 60% deste valor».