Vítor Baía sobre Diogo Costa: «É top-3 de melhores guarda-redes do mundo, custa a crer como não está noutra equipa» | OneFootball

De lenda do passado para a referência do presente das balizas do FC Porto. Em entrevista concedida ao AS, Vítor Baía comentou vários temas da atualidade do futebol português, entre eles, a qualidade evidenciada por Diogo Costa. Nas declarações proferidas, o antigo guardião dos dragões acredita que o atual titular dos dragões e da seleção nacional é um dos três melhores do mundo na posição, achando estranho que ainda não tenha sido transferido para outro clube.

«Tem algo especial, é fantástico. Está no top 3 de melhores guarda-redes do Mundo neste momento. Mas custa-me a compreender como ainda não está noutra equipa. Porque grande no FC Porto será sempre, mas jogar numa equipa que esteja nos grandes campeonatos... nos big five», começou por dizer.

«Diogo Costa é o guarda-redes mais completo. Sai bem, joga bem com os pés, forte no um para um, bom nos penáltis. Penso que é muito completo, o melhor neste momento», acrescentou, antes de comentar o trabalho desenvolvido por Roberto Martínez à frente da seleção portuguesa.

«Está a fazer um trabalho incrível. Adaptou-se muito bem, entrou na nossa cultura. Foi muito inteligente, aprendeu rápido a falar português, que é muito importante para a comunicação com os jogadores. Integrou-se na comunidade. Sentimo-lo como mais um português. Esse é o melhor caminho que se pode pedir a um selecionador que não é português», avaliou sobre o técnico espanhol.

«Somos um povo hospitaleiro por natureza. Recebemo-lo muito bem e depois com os resultados, é o que queremos. Também ganhámos a Liga das Nações e estamos em todas as grandes competições internacionais», complementou.

Títulos da seleção, a «máquina» CR7 e o o «incrível» Fenómeno

Sobre se esta é uma das melhores gerações do futebol português, Baía não demorou em dar essa certeza: «Quando ganhas um troféu internacional podes dizer que sim. Na minha época, havia uma geração de ouro, mas infelizmente não conseguimos ganhar uma grande competição.»

«A nível de clubes, todos nós ganhámos o possível, mas não conseguimos na Seleção e era algo que queríamos. Não foi possível. Ainda assim, a geração de 2016 e agora esta conseguiram ganhar títulos por Portugal e por isso são as melhores», disse ainda.

Quanto a Cristiano Ronaldo, o antigo guarda-redes dos dragões e do Barcelona desfez-se em elogios: «É incrível, uma máquina. Um exemplo para todos nós, é um exemplo para as crianças que um dia querem ser futebolistas. Um exemplo pelo seu trabalho, por estar concentrado, ir ao pormenor, pelo potencial e saber desenvolver toda a qualidade. Por isso é que o Cristiano é um exemplo para todos.»

Por último, sobraram também palavras de apreço pelo outro Ronaldo, o Fenómeno: «Ronaldo foi o melhor jogador com quem joguei. Era uma besta. Rápido, forte, tremendo fisicamente e tecnicamente acima da média. Foi uma pena, porque se tivesse ficado no Barcelona talvez não tivesse os problemas físicos que teve. Sabemos como é o futebol em Itália. Muito físico, de ginásio, de força. Talvez tenha sido prejudicial.»