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·26 de outubro de 2025

Análise tática - Fortaleza 1x0 Flamengo: força máxima e vontade mínima

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O Flamengo decepcionou seu torcedor na 30ª rodada do Brasileirão. A derrota por 1 a 0 para o Fortaleza não foi apenas um tropeço, mas o resultado de uma noite taticamente pobre.

Com um time muito modificado, o Rubro-Negro mostrou uma ansiedade prejudicial com a bola e sentiu uma falta gritante de uma referência no ataque. Esses problemas custaram caro e aumentam a pressão para o jogo decisivo da semifinal da Libertadores, contra o Racing.


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O que não funcionou para o Flamengo contra Fortaleza

1- Rotação do elenco

O técnico Filipe Luís, com muitos desfalques, promoveu cinco mudanças em relação ao time que enfrentou o Racing. As escolhas, no entanto, impactaram diretamente a estrutura da equipe em campo.

Os titulares que jogaram, tiveram um rendimento muito ruim, principalmente no que tange ao espírito do jogo, sem demonstrar muita vontade de sair de campo com os três pontos.

No meio-campo, por exemplo, a escalação de Jorginho foi questionada. O jogador pareceu sentir o desgaste acumulado em um jogo que exigia alta disputa física e intensidade, num gramado pesado. Talvez a energia de Evertton Araújo poderia ter sido mais adequada ao cenário da partida.

O problema mais claro, contudo, foi no ataque. Sem Pedro, lesionado, Bruno Henrique foi escalado como referência central. A mudança descaracterizou o sistema ofensivo: o time perdeu a capacidade de "jogar de costas" para o gol, segurar a bola no pivô e organizar a segunda linha.

Sem essa figura, o Flamengo não conseguiu sustentar a posse no campo de ataque, facilitando o trabalho da defesa do Fortaleza.

2- Impaciência e erros de execução

Mais grave do que as peças foi a postura tática. O Flamengo foi um time impaciente. A equipe tentou verticalizar o jogo rápido demais, uma estratégia que se mostrou falha e resultou em incontáveis erros de passe.

Essa precipitação na construção das jogadas era exatamente o que o Fortaleza desejava. O time da casa se fechou e explorou os erros rubro-negros para encaixar seu plano principal: os contra-ataques em transição rápida. Para piorar o cenário, o Flamengo perdeu a maioria dos duelos físicos no primeiro tempo, mostrando enorme dificuldade em se impor.

3- Gol sofrido e as chances perdidas

O gol do Fortaleza, marcado por Breno Lopes, foi um reflexo direto dessa falha estrutural. O Flamengo perdeu a bola ao tentar acelerar desnecessariamente e deu o contra-ataque ao adversário.

Herrera encontrou um ótimo passe nas costas da defesa. O zagueiro Danilo, na abordagem, recuou em excesso em vez de atacar o portador da bola, dando espaço e tempo para Breno Lopes finalizar com a perna boa, sem ser incomodado.

O Flamengo demorou a entender o jogo e só criou sua primeira chance clara aos 27 minutos da primeira etapa. A oportunidade mais cristalina da partida caiu nos pés de Samuel Lino, que tomou a pior decisão. Em vez de pisar na bola e encontrar alguém livre, ou chutar no gol, optou por um péssimo cruzamento.

No segundo tempo, as entradas de Michael e Wallace Yan melhoraram a equipe. O Flamengo acuou o Fortaleza, chegando a ter mais de 80% de posse de bola, mas o ataque falhou.

Arrascaeta desperdiçou uma boa chance e, no lance mais simbólico da "noite infeliz", a bola caprichosamente bateu no calcanhar de Wallace e saiu. A derrota expõe a falha do ataque e joga toda a pressão para a semifinal da Libertadores desta quarta-feira (29), quando enfrenta o Racing em Avellaneda.

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