AVANTE MEU TRICOLOR
·16 de dezembro de 2025
Citado em escândalo de ingressos, CEO do São Paulo esclarece polêmica com Mara e ressalta que nunca recebeu dinheiro

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Citado em áudios no escândalo da venda irregular de camarotes para um show no Morumbi, que culminou nesta segunda-feira (15) na queda de Douglas Schwartzmann, então responsável pelas categorias de base do clube, e Mara Casares, ex-mulher do presidente e diretora cultural e de eventos, o CEO do São Paulo, Márcio Carlomagno, esclareceu algumas questões da polêmica de ingressos, ressaltando que nunca recebeu qualquer dinheiro no caso.
Mencionado nos áudios divulgados pelo portal ‘Globo Esporte‘ de conversas entre Mara, Schwartzmann e a responsável por denunciar o esquema, Carlomagno confirmou em entrevista ao site publicada nesta terça-feira (16) que cedeu o camarote para a diretora cultural, mas não sabia da comercialização do espaço até então.
“A gente fez a cessão para a Diretoria Feminina, e ela tinha parceria com uma das pessoas envolvidas para desenvolver projetos na área social. Esse camarote não é de uso clandestino, não tem nada de clandestinidade no São Paulo, é um camarote que já foi usado pela família do cantor do Coldplay, já foi usado para tirar fotos com o Bono Vox (vocalista do U2), que às vezes é usado para hospitalidades e é um camarote que não tem valor econômico porque ele não tem visão”, explicou Carlomagno.
“Existem camarotes que têm visão e camarotes que não têm visão. A gente usa os camarotes para fazer recursos. A gente pode vender, fazer uso institucional ou fazer permutas, porque temos inúmeras permutas para baratear o nosso clube. Então temos essas três vertentes de negociação”.
“A diretoria de marketing tem o mapeamento de todo o estádio, e como esse camarote não tinha visão, quando houve a solicitação da Diretoria Feminina, designamos o local para que eles fizessem hospitalidade através da empresa que é uma das partes no processo. Basicamente isso. Nós tivemos ciência que houve comercialização no dia do show, que um grande player do mercado havia comprado de outra agência, e aí foi o momento que começamos a investigar”, detalhou o superintendente do clube.
O homem forte do Tricolor falou que imediatamente o camarote da polêmica foi fechado para qualquer atividade nos shows que viriam em sequência. O fato da discórdia ocorreu na apresentação da colombiana Shakira, em fevereiro deste ano.
“A primeira decisão foi: o uso do camarote 3A está restrito. A gente cessou que tivesse qualquer atividade neste camarote (nos próximos shows). E começamos a prestar atenção no que estava desenrolando com as duas empresas, que estavam discutindo. No meio do ano, uma das partes entrou com um processo contra a outra, e aí a gente começou a observar qual era o desenrolar deste processo”.
“Minha obrigação é zelar pela instituição e entender o que tinha no processo. O uso do meu nome em relação à ligação (telefônica) é indevido. Eles usam meu nome de forma indevida, esse é um ponto principal. O segundo é que, quem estava na ligação que precisa explicar, mas talvez utilizaram meu nome como uma ferramenta de pressão, como acontece diariamente no São Paulo em muitos casos em que usam meu nome”, justificou ele.
“Não foi o Márcio que cedeu para a Mara, a Presidência cedeu para a Diretoria Feminina. Fizeram uma solicitação, fizeram uma explicação de como utilizariam o camarote e achamos por bem fazer, era algo para desenvolver a área social”.
Questionado se recebeu alguma quantia pela venda indevida do espaço no Morumbi, Carlomagno foi enfático ao negar e só disse que ganhou problemas para resolver.
“Não, de forma alguma. Não ganhei dinheiro. A única coisa que ganhei foi um grande problema para a gente resolver. Acho que até a sindicância instaurada é exatamente pra isso. Para entender o que é o “todo mundo ganhou”. Eu não sei o que é. O São Paulo precisa entender se alguém ganhou, se alguém perdeu. Esse é o grande ponto do áudio dele. Mas eu não tenho nenhuma relação financeira com esse processo”, decretou.
“Após o show da Shakira, essas pessoas não operaram mais aqui. Esse é o primeiro ponto. E antes também não. Não teve nenhuma cessão tanto pra Adriana quanto para a diretoria feminina para trazer parceiros. Isso não ocorreu. Esse foi o único show que nos solicitaram (o camarote). Ela (a sindicância) é específica pra esse evento. Mas não sei. Se algo for encontrado neste meio, ela provavelmente vai ter desdobramentos”, concluiu o SEO do clube do Morumbi.









































