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Revista Colorada

·13 de dezembro de 2025

Confira a situação financeira do Inter que abre sinal de alerta

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Mesmo enfrentando uma das situações financeiras mais delicadas de sua história recente, o Internacional não pretende adotar uma política de cortes drásticos no futebol. O orçamento projetado para 2026, que será analisado pelo Conselho Deliberativo na próxima segunda-feira, revela que o Clube planeja manter um custo médio mensal de R$ 19,46 milhões apenas com o departamento de futebol, sinalizando que a reestruturação será feita de forma gradual e controlada, e não radical.

De acordo com o documento, o Inter projeta gastar R$ 180.904.808 em salários ao longo da temporada. Somado a isso, o valor previsto para pagamento de direitos de imagem chega a R$ 72.175.086, elevando o total da folha para R$ 253.079.894 em 2026. Na prática, isso representa uma média mensal de R$ 19.467.684,15, valor apenas ligeiramente inferior ao registrado em 2025, quando a média foi de R$ 19,86 milhões.


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Quando se observa o custo total do futebol colorado, os números chamam ainda mais atenção. O Inter projeta gastar R$ 406.568.329 com futebol em 2026, dentro de uma receita total estimada em R$ 516.631.279. Ou seja, 78,69% de tudo o que o clube espera arrecadar será destinado ao futebol, índice considerado elevado e que ajuda a explicar o discurso recente de Alessandro Barcellos sobre “cortar na carne” e priorizar a recuperação financeira.

Dentro desse montante, o futebol principal concentra R$ 359.719.114, enquanto o futebol feminino terá orçamento de R$ 12.407.892, as categorias de base R$ 33.244.354, e a Escola Rubra R$ 1.196.969. Jogadores como Borré e Alan Patrick seguem entre os maiores salários do elenco, mesmo após uma reformulação significativa no vestiário ao longo de 2025.

Durante a temporada atual, 11 jogadores deixaram o Beira-Rio, incluindo nomes de alto custo como Wanderson, Fernando, Enner Valencia e Wesley. As saídas ajudaram a aliviar a folha, mas vieram acompanhadas de queda de rendimento esportivo — algo reconhecido pela própria direção.

Os impactos financeiros dos fracassos esportivos também aparecem de forma clara no orçamento. Na Copa do Brasil, o Inter projetava chegar às quartas de final, mas foi eliminado nas oitavas, gerando um prejuízo estimado em R$ 4,74 milhões. Já no Brasileirão, a frustração foi ainda maior: a meta era terminar em sexto lugar, mas o clube lutou contra o rebaixamento até a última rodada. Em vez de cerca de R$ 36,1 milhões, a projeção é de uma premiação em torno de R$ 16,3 milhões, quase R$ 20 milhões a menos.

Para tentar equilibrar as contas, o Inter mantém a meta de R$ 160 milhões em vendas de jogadores na temporada. Até agora, R$ 114,5 milhões já foram alcançados, restando uma margem considerável a ser buscada no mercado.

Como agravante, o clube ainda convive com uma grande incógnita fora de campo: a patrocinadora máster Alfa, que deveria repassar R$ 50 milhões anuais, está com parcelas em aberto. A continuidade da parceria é incerta e representa mais um ponto de atenção em um cenário já bastante pressionado.

Os números deixam claro: 2026 será um ano de transição não apenas esportiva, mas principalmente financeira. O Inter tenta equilibrar competitividade mínima com responsabilidade fiscal, caminhando em uma linha tênue entre manter um time competitivo e evitar um colapso econômico maior.

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