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·21 de outubro de 2025

Em 2005, a Juventus jogou a pá de cal na era galáctica do Real Madrid

Imagem do artigo:Em 2005, a Juventus jogou a pá de cal na era galáctica do Real Madrid

Sem sombra de dúvidas, a Juventus é a equipe de fora da Espanha que teve o papel mais determinante na concretização do fim da primeira era galáctica do Real Madrid. Foi a Velha Senhora que, por duas vezes, expôs de maneira impiedosa as fissuras do projeto mais midiático do futebol europeu no início do século XXI. A dupla eliminação imposta aos merengues, em 2002-03 e 2004-05, teve como principal consequência catalisar a mudança de rumo na gestão do clube ibérico, mas, curiosamente, não impulsionou os bianconeri a conquistas em nível continental.

Em 2003, a Juventus derrubou um Real Madrid com status de campeão vigente da Champions League, ainda embalado pela euforia da nona conquista continental e pelo brilho de Ronaldo, Zinédine Zidane, Luís Figo, Raúl e Roberto Carlos. Na ocasião, impôs em Turim uma derrota que custou aos blancos, vitoriosos na ida, a chance de defender a coroa. Os bianconeri avançaram à final, mas foram derrotados pelo Milan na primeira decisão inteiramente italiana do torneio.


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Após duas temporadas, o roteiro se repetiu – mas com contornos mais amargos para os dois times. A Juventus de Fabio Capello, fria e metódica, eliminou novamente os merengues, agora em crise técnica e institucional, já sob o comando do brasileiro Vanderlei Luxemburgo. O golpe, consumado na prorrogação do jogo de volta das oitavas de final, no Delle Alpi, simbolizou o esgotamento de um ciclo e prenunciou o fim da primeira gestão de Florentino Pérez, que renunciaria poucos meses depois, pressionado por resultados decepcionantes e por um elenco que, repleto de astros, carecia de alma e equilíbrio coletivo.

A Vecchia Signora, por sua vez, acabou eliminada logo na fase seguinte. Os bianconeri foram batidos pelo Liverpool num duelo emotivo, que acontecia perto do aniversário de 20 anos da Tragédia de Heysel, tristemente registrada antes da decisão europeia entre os ingleses, derrotados naquela ocasião, e os italianos – que levantaram a orelhuda, mas lamentaram a morte de 32 torcedores, sendo 39 falecidos no total.

O brasileiro Emerson acabou sendo o mais ativo jogador da Juventus no duelo ida com o Real Madrid (AFP/Getty)

Em 2005, como ocorreu nos dois confrontos anteriores em ida e volta entre os times, nas quartas da Liga dos Campeões de 1995-96 – antes da eleição de Pérez e, consequentemente, de seu ousado projeto – e na já citada campanha de 2002-03, a Juventus sacramentou uma virada na eliminatória contra o Real Madrid. Isso pesava. A sequência de baques consolidou a Velha Senhora como a grande antagonista dos galácticos, um espelho invertido que refletia tudo o que o Real Madrid não era mais: coeso, disciplinado, pragmático.

A vitória bianconera nas semifinais, em 2003, marcou o início do desgaste de um modelo que trocara o trabalho tático pela estética e o equilíbrio pela promoção de ídolos globais. Em 2004-05, a história ganhou um desfecho definitivo – a derrocada não apenas em campo, mas também de um conceito que transformara o futebol em espetáculo de marketing. Era a sentença definitiva de que a aposta em acumular estrelas não bastava sem equilíbrio coletivo. A Juventus, com sua sobriedade e obstinação, foi a mão que empurrou o gigante espanhol para o fim de uma era.

O caminho até o confronto

O cenário de 2005 era muito diferente de dois anos antes. Naquela época, a Champions League (em sua era moderna, pós-1992) estreava a etapa de oitavas de final, reflexo de um regulamento mais enxuto e direto após a abolição da segunda fase de grupos – invenção que durou somente cinco temporadas, após a competição passar a contar com 32 clubes. A expectativa para a realização de um duelo daquele calibre, tão precocemente, era imensa. De um lado, a Velha Senhora de Capello, pragmática, sólida defensivamente, embora criticada pela dificuldade de produzir futebol ofensivo. Do outro, o Real Madrid galáctico, em crise técnica, mas ainda dono de nomes capazes de decidir uma partida em um lampejo.

A Juventus vinha de uma temporada um pouco abaixo de sua média. Em 2003-04, venceu a Supercopa Italiana e foi vice da Coppa Italia, mas caiu precocemente na Champions League – nas oitavas – e foi terceira colocada na Serie A. Com o adeus de Marcello Lippi já confirmado antes do fim da campanha, Capello assumiu o time, retornando a Turim quase 30 anos após o fim de sua passagem como atleta pelos bianconeri.

Num erro da defesa bianconera, o Real Madrid venceu o primeiro jogo pelo placar mínimo (Getty)

Em 2004-05, a Juventus rapidamente ganhou terreno na Serie A – que venceria, com posterior retirada do título em virtude do envolvimento de diretores no escândalo Calciopoli. Na Liga dos Campeões, teve que jogar a terceira fase preliminar, na qual teve um susto contra o Djurgardens: empatou por 2 a 2 em casa, depois de ter sofrido 2 a 0, e reagiu com um 4 a 1 na Suécia. Depois, caiu no Grupo C, ao lado de Bayern de Munique, Ajax e Maccabi Tel Aviv. Não foi uma caminhada brilhante, mas eficiente. A equipe de Capello somou cinco vitórias por 1 a 0 e, já com a classificação e a liderança garantidas, empatou por 1 a 1 em Israel. Acabou com a melhor campanha (16 pontos) e a defesa menos vazada daquela etapa da competição, com apenas um gol sofrido em seis rodadas.

O Real Madrid, por sua vez, chegava àquele confronto em meio a turbulências e com seu terceiro técnico na temporada. José Antonio Camacho, defensor que foi bandeira do clube e esteve presente no duelo com a Juventus na Copa dos Campeões de 1986-87, foi demitido com poucos meses de trabalho, em setembro de 2004, e Mariano García Remón, seu substituto, caiu em dezembro. No dia 30 daquele mês, o brasileiro Luxemburgo foi anunciado como novo treinador, estreando em solo europeu com a responsabilidade imediata de recuperar um vestiário dividido e um time sem identidade, que não convencia em La Liga, com resultados ruins e atuações pouco brilhantes. Pesavam as derrotas caseiras para Deportivo La Coruña e Sevilla, além do rotundo 3 a 0 aplicado pelo Barcelona.

Até a chegada de Luxa, o percurso dos espanhóis na Champions League também foi atribulado. Ao 5 a 1 no agregado sobre o Wisla Cracóvia na fase preliminar se seguiram dificuldades no Grupo B, com direito a uma desastrosa estreia com derrota por 3 a 0 para o Bayer Leverkusen na Alemanha, mostrando fragilidades defensivas já conhecidas. Ainda assim, os blancos reagiram às custas da Roma, que teve a sua pior campanha na competição e terminou na lanterna da chave, com 1 mísero pontinho. O Real Madrid, com três vitórias e dois empates, somou 11 e ficou em segundo, perdendo nos critérios de desempate para os germânicos e superando, por pouco, o Dynamo Kyiv (10), que ficou em terceiro.

Quando Luxemburgo chegou, percebeu que tinha à disposição um time capaz de brilhar em momentos isolados, mas irregular, dependente das individualidades. O brasileiro acabou recuperando o rendimento da equipe no início de seu trabalho e chegou a conquistar sete vitórias seguidas em La Liga. Porém, nas oitavas da Copa do Rei, amargou a eliminação para o Real Valladolid, então na segundona, devido ao gol qualificado favorável aos blanquivioletas. E, imediatamente antes da estreia do técnico brasileiro na Champions League, a derrota caseira por 2 a 0 para o Athletic Bilbao trouxe a pressão de volta a Chamartín – considerando, ainda, a grande desvantagem em relação ao Barcelona, líder de La Liga. O encontro com a Juventus seria, portanto, um teste de fogo para Luxa – e, de certo modo, para todo o projeto galáctico.

Vítima de concussão logo após o gol dos blancos no Bernabéu, Nedved desfalcou a Juve na volta (Getty)

Os jogos

Os jornais madrilenhos falavam na expectativa de “renascimento” e de um Real Madrid que poderia se reconstruir definitivamente a partir daquela eliminatória com a Juventus, que não vinha em seu melhor momento. O time de Capello vinha perdendo vantagem para o Milan, na Serie A, e chegava ao confronto empatada com os rossoneri na briga pelo scudetto. O fato de a ida ocorrer no Santiago Bernabéu ratificava a confiança dos espanhóis: os blancos só haviam perdido para a equipe italiana em casa no primeiro embate realizado no estádio, em 1962, e somavam três triunfos consecutivos em idas de mata-mata contra a Velha Senhora – mas com duas derrotas e viradas sofridas nos confrontos mais recentes, como citamos anteriormente.

O jogo de ida, entretanto, não começou da melhor forma para os mandantes, pois terminou bem cedo para o lateral Míchel Salgado. Aos 8 minutos, numa falta cometida por Pavel Nedved, o choque de joelhos entre os dois levou à ruptura parcial do ligamento colateral medial da articulação – em seu lugar, entrou Raúl Bravo. O Real Madrid, com Ronaldo e Raúl formando dupla de ataque, tentou superar o baque inicial e buscou o ataque desde os primeiros momentos. Aos 9, o Fenômeno recebeu cruzamento de Roberto Carlos, mas mandou por cima da baliza.

A Juventus tentou responder aos 20 minutos, trocando passes até o volante brasileiro Emerson, curiosamente o mais criativo da equipe no duelo, ser derrubado na meia-lua – entretanto, o árbitro eslovaco Lubos Michel mandou o lance seguir. Logo depois, Roberto Carlos cruzou da esquerda e Raúl, se antecipando brevemente à pressão de Fabio Cannavaro, completou de canhota e carimbou o travessão de Gianluigi Buffon, desperdiçando a melhor oportunidade até então. Já na casa dos 26, outra vez a Velha Senhora buscou incomodar com o seu jogador mais ativo: o Puma disparou um arremate e Iker Casillas pôs para escanteio.

Pouco depois, aos 31, saiu o gol da peleja: em falta no flanco esquerdo cobrada por David Beckham, principal reforço blanco para a temporada, Iván Helguera subiu mais que a defesa adversária e desviou de cabeça para o fundo das redes de Buffon, abrindo o placar. Nos minutos seguintes, a Juventus sofreu outro baque: Nedved, após choque de cabeça com Bravo, teve concussão e precisou ser substituído por Rubén Olivera, o que minou a já comprometida criatividade bianconera naquela noite. Sem o checo – e David Trezeguet, que gripado, já desfalcara a equipe –, o poder de decisão recaía inteiramente sobre Alessandro Del Piero e Zlatan Ibrahimovic.

Ibrahimovic produziu lances de efeito no jogo de volta e, apesar de impreciso nas finalizações, deu uma de garçom (AFP/Getty)

Na segunda etapa, o Real Madrid manteve o domínio territorial, empurrando a Juventus para o campo de defesa. Aos 56 minutos, Ronaldo recebeu na entrada da área e bateu rasteiro, exigindo boa defesa de Buffon. O arqueiro italiano também teve que fazer intervenções importantes em chutes fortes de Zidane e Figo. Acuada, a Velha Senhora ainda levou sorte na casa dos 78, quando Walter Samuel cabeceou, após escanteio, e acertou a trave – embora Gigi estivesse na bola. Ao longo do tempo complementar, a Juve só esboçou reação com arremates centrais de Olivera e Ibrahimovic, que Casillas pegou com firmeza.

O jogo terminou com vitória mínima do Real Madrid, um resultado que pareceu insatisfatório diante da superioridade mostrada pelos espanhóis, que deixaram o campo acreditando terem merecido melhor sorte. Apesar das boas sensações, a vantagem era frágil para levar a Turim e os jogadores sabiam que faltara matar o confronto. Do outro lado, a Juventus deixou o Bernabéu com a esperança intacta de reverter o quadro no Delle Alpi, como nas duas outras eliminatórias em que mediu forças com os blancos.

E, de fato, a volta, no Piemonte, contou outra história. A Juventus ainda não tinha Nedved, devido à concussão, mas Capello optou por uma formação ousada, que mostrava uma equipe bastante disposta a inverter a derrota da ida diante de um Real Madrid fechado por Luxemburgo, no intuito de conservar a vantagem. O técnico italiano, que ganhara um título de La Liga pelos merengues, em 1997, surpreendeu ao deixar Trezeguet no banco e escalar Marcelo Zalayeta ao lado de Ibrahimovic, com Del Piero no suporte. Além disso, Gianluca Zambrotta foi adiantado para explorar o setor defendido por Bravo, substituto do lesionado Salgado – Gianluca Pessotto atuou na lateral esquerda.

Logo nos primeiros minutos, a Juventus mostrou mais agressividade. Aos 5, Ibrahimovic recebeu passe por elevação de Zalayeta e ficou frente a frente com Casillas, mas chutou em cima do goleiro espanhol. O restante da etapa inicial foi um festival de arremates sem direção. Pela Juve, foram Zalayeta e Mauro Camoranesi que mandaram para fora, enquanto o único na direção do gol, com Del Piero, foi fraco – e só virou escanteio porque o goleiro adversário se atrapalhou e deixou a pelota escorregar. Já o Real Madrid respondeu com Ronaldo, Zidane e Figo, porém sempre pela linha de fundo. O 0 a 0 persistiu até o intervalo, refletindo o equilíbrio de forças e a falta de contundência ofensiva dos dois times.

Trezeguet saiu do banco para, com arremate acrobático, iniciar a virada da Juve na eliminatória (Getty)

O segundo tempo começou com a Juventus em cima, mas foi Ronaldo quem quase matou a eliminatória. O Fenômeno arrancou em velocidade desde o meio-campo, deixou Cannavaro e Lilian Thuram para trás e bateu cruzado de esquerda, forçando Buffon a uma defesa difícil, ainda que imperfeita: a bola acabou passando e tocou no pé da trave antes de sair pela linha de fundo. A partir daí, o jogo se inclinou para o lado italiano.

Capello surpreendeu ao colocar Trezeguet no lugar de Del Piero, logo aos 55 minutos, e elevou a estatura do ataque bianconero – o francês e Zalayeta, com 1,90 m, eram quase baixinhos ao lado de Ibra, com 1,96 m. Luxemburgo respondeu mais tarde com outra alteração inesperada: na casa dos 74, sacou o ex-bianconero Zidane para a entrada de Guti. Sem o gênio em campo, o Real Madrid foi punido segundos depois.

Ibrahimovic, que já tinha dado uma caneta indecorosa e um chapéu em Thomas Gravesen, mas vinha sendo pouco efetivo nas finalizações, foi um grande garçom aos 75 minutos. Camoranesi cruzou da direita e a bola parecia perto de sair pela linha de fundo, só que Ibra a alcançou e ajeitou de cabeça para Trezeguet, que acertou uma meia-bicicleta precisa. Casillas nada pôde fazer.

Logo após o gol da Juventus, Luxemburgo fez outra substituição tática, mas em detrimento do talento: sacou Beckham e colocou o versátil Santiago Solari. Com o tento que levaria o confronto à prorrogação, a equipe da casa ficou mais cautelosa, enquanto os visitantes tentaram definir ainda no tempo normal, com o empate que obrigaria a Vecchia Signora a anotar mais duas vezes. Buffon quase foi surpreendido por uma bomba de Roberto Carlos em cobrança de falta e, quando ia sendo traído pelo efeito da bola, usou o punho esquerdo para rebatê-la. Mais tarde, Ronaldo teve gol anulado por impedimento.

Arremate certeiro e herói improvável: Zalayeta colocou a Juve nas quartas de final (AFP/Getty)

Para o tempo extra, Luxa optou por sacar o capitão Raúl e agregar velocidade com Michael Owen. Já a Juventus, antes cautelosa, passou a ser mais agressiva na prorrogação, impulsionada pela torcida no Delle Alpi. Na primeira etapa, Zalayeta recebeu lançamento de Camoranesi em cobrança de falta e emendou um voleio que raspou a trave direita de Casillas, enquanto o ítalo-argentino também levou perigo numa batida direta.

O jogo endureceu, e o nervosismo se impôs na etapa complementar da prorrogação, que teve os quatro cartões amarelos da partida… e dois vermelhos. Aos 113 minutos, Ronaldo perdeu o controle após ser agarrado por Alessio Tacchinardi, que já vinha lhe provocando, e revidou com um pontapé. Ambos foram expulsos pelo alemão Markus Merk. Com as duas equipes reduzidas a dez jogadores e os pênaltis se aproximando, Figo ainda assustou com uma falta que passou rente ao poste direito de Buffon. Mas a noite seria bianconera.

A quatro minutos do fim dos 120 previstos, Bravo falhou grotescamente ao tentar cortar um cruzamento, servindo de bandeja para Zalayeta, que emendou um chute seco de primeira, de fora da área, e venceu Casillas. O uruguaio, que já havia feito o gol que classificara a Juventus para as semifinais da Champions League de 2002-03, ao marcar sobre o Barcelona na prorrogação, era o herói improvável mais uma vez. O 2 a 1 no agregado firmado por El Panterón selou a classificação da Velha Senhora e mergulhou o Real Madrid, que não teve tempo de tentar reagir, em nova crise. De quebra, nenhum time espanhol ficou vivo nas quartas da Champions League – a Itália colocou três, sendo que Inter e Milan se enfrentaram.

Para os espanhóis, a derrota teve peso histórico. Era a segunda eliminação em três anos diante da Juventus, e em ambas não tinha motivos para desculpas: a Velha Senhora produziu o triunfo da organização sobre o improviso, da disciplina sobre o estrelismo. O Real Madrid carecia de reforços defensivos havia muito tempo, e a aposta do presidente Pérez em demitir técnicos e acumular atacantes cobrava seu preço. Luxemburgo seguiu no cargo ao fim de uma temporada que terminou sem taças, mas seria demitido em dezembro de 2005. Sua saída seria apenas mais um capítulo de uma gestão que perdia fôlego e chegaria ao fim com a renúncia do cartola, em fevereiro de 2006.

A Juventus, por sua vez, seguia em frente, com a marca registrada de Capello: competitividade até o limite, sem brilhos exagerados, mas com eficiência. Na Champions League, a trajetória foi interrompida pelo Liverpool, que mais tarde produziria uma das finais mais épicas do torneio, vencendo o Milan após levar 3 a 0 no primeiro tempo. O Diavolo também amargaria o vice na Serie A, esta sim ganha pela Velha Senhora – ao menos até o scudetto ser cassado devido à corrupção que emergiu na investigação do Calciopoli. No fim das contas, aquele 9 de março de 2005, com gol tardio de Zalayeta, seria o momento mais feliz da temporada bianconera. E entraria para a história como a noite que simbolizou o colapso da era galáctica.

Real Madrid 1-0 Juventus

Real Madrid: Casillas; Salgado (Bravo), Helguera, Samuel, Roberto Carlos; Beckham, Gravesen, Zidane; Figo; Raúl, Ronaldo (Owen). Técnico: Vanderlei Luxemburgo. Juventus: Buffon; Zebina, Thuram, Cannavaro, Zambrotta; Camoranesi, Emerson, Blasi (Tacchinardi), Nedved (Olivera); Del Piero (Zalayeta); Ibrahimovic. Técnico: Fabio Capello. Gol: Helguera (31′) Árbitro: Lubos Michel (Eslováquia) Local e data: estádio Santiago Bernabéu, Madri (Espanha), em 22 de fevereiro de 2005

Juventus 2-0 Real Madrid

Juventus: Buffon; Zebina, Thuram, Cannavaro, Pessotto (Tacchinardi); Camoranesi, Emerson, Zambrotta; Del Piero (Trezeguet); Ibrahimovic, Zalayeta (Olivera). Técnico: Fabio Capello. Real Madrid: Casillas; Bravo, Helguera, Samuel, Roberto Carlos; Beckham (Solari), Gravesen, Zidane (Guti); Figo; Raúl (Owen), Ronaldo. Técnico: Vanderlei Luxemburgo. Gols: Trezeguet (75′) e Zalayeta (116′) Cartões vermelhos: Tacchinardi; Ronaldo Árbitro: Markus Merk (Alemanha) Local e data: estádio Delle Alpi, Turim (Itália), em 9 de março de 2005

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