Deus me Dibre
·15 de dezembro de 2025
Jardim fala sobre jogo, decisões no pênalti e evita comentar sobre seu futuro

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·15 de dezembro de 2025

Mesmo com a vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians, na Neo Química Arena, o Cruzeiro se despediu da Copa do Brasil na noite desta quarta-feira. Após levar a decisão da semifinal para os pênaltis, a Raposa acabou eliminada nas cobranças alternadas, depois de Cássio defender a primeira penalidade corintiana, Gabigol desperdiçar o último pênalti celeste e Walace errar na sequência.
Em entrevista coletiva após a partida, o técnico Leonardo Jardim analisou a eliminação, defendeu suas escolhas, falou sobre os objetivos do clube e adotou tom de frustração e luto com o resultado. Leonardo Jardim explicou que a definição dos cobradores de pênaltis seguiu critérios trabalhados internamente e levou em conta, principalmente, o aspecto emocional dos atletas:
“Com certeza é um critério que nós trabalhamos nos pênaltis. Escolhemos com base nesse critério, com certeza colocamos aqueles que mostraram maior motivação para marcar. Nesse momento não é só qualidade, é motivação. E os jogadores que marcaram, todos eram presentes, estavam disponíveis, porque não é só física, é emocional e a escolha se baseou muito nesta situação.”
Ao analisar o confronto, Jardim reconheceu que a eliminação foi construída no jogo de ida, no Mineirão, mas fez questão de destacar a postura da equipe em São Paulo. “Primeiro, em relação ao jogo, perdemos a eliminatória no jogo em casa. Dos jogos grandes, foi um dos poucos que a equipe não esteve no seu nível contra camisas pesadas. Mas mostramos hoje porque os torcedores do Cruzeiro tem gosto dessa equipe e apoiam, viemos pra Arena, impusemos nosso futebol, ganhamos nos 90 minutos” e na sequência já falou sobre o gol sofrido e o restante da equipe: “Pena que o 2 a 1 foi muito rápido, estávamos bem, primeiro tempo excelente. Voltamos bem no segundo tempo. E o adversário num lance de bola parada, entrou no jogo, torcida apoiando, e a parte final foi mais equilibrada.”
Questionado sobre lances polêmicos de arbitragem, Leonardo Jardim preferiu se esquivar. “Sobre arbitragem não vou falar. Sobre cotovelada, bola na mão… eu já estou cansado, não vale a pena eu falar. Vamos falar de outras coisas”, limitou-se a dizer.
Em relação aos objetivos da temporada, o treinador foi direto ao assumir a responsabilidade pela eliminação e ao contextualizar o momento do clube.
“Em relação ao campeonato, nosso objetivo foi bem claro e conseguido. Em relação a Copa do Brasil, era ganhar. Chegando na semifinal, era esse nosso objetivo. Foi totalmente minha responsabilidade, não podemos confundir as coisas. Não podemos chegar ao início da temporada quando começar a Libertadores e dizer que é ‘projeto para ganharmos o campeonato’ a frente daqueles que tem se preparado ao longo dos anos. Não costumo mentir. Até falo muito a verdade e sou criticado, mas eu acho que foi um ano em que recuperamos a confiança dos torcedores. Foi um ano zero que no futuro pode dar mais alegrias.”
Sobre seu futuro no comando do Cruzeiro, Leonardo Jardim adotou tom evasivo e fugiu de qualquer definição se fica ou não:
“Hoje é um dia de luto. De muita tristeza, pros cruzeirenses, pra minha família, pros jogadores. Amanhã vamos falar sobre tudo que será relacionado com o treinador Leonardo Jardim, seu futuro, sua presença.”
O técnico também saiu em defesa de Gabigol, que desperdiçou o pênalti decisivo.
“Com certeza que tínhamos feito a escolha dos cinco jogadores e o Gabriel era o último porque é um jogador de experiência, que não se incomoda com torcida adversária. Mas acabou de não fazer o gol. A responsabilidade não é dele, é minha, de tê-lo escolhido.”
Projetando o futuro, Jardim apontou a continuidade do trabalho como fator essencial para que o Cruzeiro volte a brigar por títulos.
“Dar continuidade e fazer aquilo que o Pedrinho recentemente falou. Sempre mais um passo em relação àquilo que será o futuro. Com certeza, não posso por minhas palavras no futuro do clube, mas estou a relembrar que o Pedrinho disse a importância de continuar a dar um passo em frente.”
Por fim, ao avaliar a temporada de 2025, o treinador reconheceu sentimentos distintos.
“Depende de quem analisar a temporada do Cruzeiro. Se for aquela pessoa consciente, que percebeu as limitações e tudo que foi construído em cima disso, vai olhar pra temporada com valorização da equipe, que foi positiva. Não foi excelente, porque excelente é ganhar um título. Se olharmos só no emocional, foi um fracasso total, porque não ganhamos um título. Um dos maiores fracassos da minha carreira como treinador, que eu gosto de ganhar e não ganhei hoje aqui.”









































