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·01 de outubro de 2025
Fim da Era Feudal na Política do São Paulo? SAF?

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Fim da Era Feudal na Política do São Paulo? SAF?
O São Paulo vive um momento de ruptura histórica em sua governança, reacendendo o debate sobre o fim da chamada “Era Feudal” política no clube. Ao longo das décadas, o Tricolor foi marcado por uma estrutura associativa, com forte influência de conselheiros vitalícios e decisões políticas que frequentemente priorizavam interesses do clube social em detrimento do futebol profissional. Esse modelo, cada vez mais questionado pelos torcedores e por parte da mídia, tornou-se sinônimo de estagnação administrativa e falta de agilidade para responder às demandas da modernidade esportiva brasileira.
A proposta de separar o futebol do social, inspirada em exemplos internacionais e defendida pelo presidente Julio Casares, representa um divisor de águas nesse cenário. O objetivo é criar uma empresa juridicamente independente, gerida por executivos remunerados e com regras de governança próprias, mas ainda sob domínio da associação. Assim, o futebol se tornaria mais profissional na gestão de receitas, contratações e estrutura, liberando-se da burocracia dos salões sociais, assembleias e debates intermináveis que historicamente atrasaram decisões estratégicas da equipe.
Essa modernização também reacende discussões sobre o modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF), já adotado por clubes tradicionais do país. Embora o projeto tricolor, até o momento, não preveja a transformação total em SAF, a criação de uma empresa exclusiva para o futebol pode ser um primeiro passo nessa direção. Entre as vantagens citadas estão a facilidade para captar investimentos, ampliar transparência e proteger o departamento esportivo dos recorrentes embates do ambiente político-associativo.
A mobilização da torcida é intensa nas redes sociais, com campanhas pelo “#SeparaSãoPaulo” e pressão sobre conselheiros para aprovação das reformas. Para um clube que nasceu com o DNA popular e já se destaca entre os maiores do país, a chance de enterrar a velha política feudal e adotar práticas de governança modernas pode ser o ponto de virada para recuperar o protagonismo e a eficiência esportiva sonhadas pelos são-paulinos.