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·19 de dezembro de 2024
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O tribunal correcional de Paris condenou, nesta quinta-feira (19), Mathias Pogba a três anos de prisão, dois deles com suspensão condicional, em um processo pelo suposto sequestro de seu irmão, o jogador de futebol francês Paul Pogba.
A pena suspensa de um ano será condicionada ao uso de uma tornozeleira eletrônica. O tribunal também condenou o irmão de Paul Pogba a uma multa de 20.000 euros (R$ 128.2) por participar de uma tentativa de extorsão de 13 milhões de euros (R$ 80.1 milhões) contra seu irmão em 2022 e por pressionar o jogador, sua família e seus agentes para tentar obter essa quantia.
Os outros cinco réus, amigos de infância ou conhecidos de Paul Pogba, foram considerados culpados de extorsão, restrição e detenção ilegal, bem como participação em uma conspiração criminosa, e foram condenados a penas de prisão de até oito anos e multas entre 20.000 e 40.000 euros.
A única acusação que não foi confirmada, conforme solicitado pela promotoria, foi a de sequestro.
Roushdane K., considerado o mentor da operação e o único a ser preso, foi condenado a oito anos de prisão, conforme solicitado pela promotoria.
Adama C. foi condenado a cinco anos de prisão com uma sentença de prisão. Amigo íntimo de infância do jogador de futebol, ele deixou a sala de audiências algemado e escoltado pela polícia.
Mamadou M. recebeu uma sentença de cinco anos de prisão, com 12 meses de suspensão.
Finalmente, Machikour K. e Boubacar C. foram condenados a quatro anos de prisão, com dois anos de suspensão para um dos réus e até três anos de suspensão para o outro.
O “caso Pogba” começou na noite de 19 para 20 de março de 2022, quando o jogador de futebol caiu em uma armadilha em um apartamento em Montévrain, na região de Paris.
Dois homens usando balaclavas supostamente apontaram armas para ele e exigiram 13 milhões de euros do meio-campista, que na época jogava no Manchester United e depois na Juventus.
O caso veio à tona depois que vídeos surgiram na Internet em agosto de 2022, nos quais Mathias Pogba acusava Paul de ter enfeitiçado Kylian Mbappé, seu companheiro de equipe nacional, por meio de um “marabu”, uma espécie de feiticeiro.
A maioria dos advogados de defesa, furiosos com as sentenças, que consideram muito altas, expressaram sua intenção de recorrer.