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Ministério Público abre inquérito em Vitor Roque por homofobia

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) abriu um inquérito para investigar o atacante Vitor Roque, do Palmeiras, por uma publicação considerada homofóbica feita nas redes sociais após a vitória do Palmeiras contra o São Paulo em outubro pelo Campeonato Brasileiro. A imagem publicada por Vitor Roque mostrava um tigre com a cabeça de um veado na boca, acompanhada da legenda “Isso é Palmeiras. Lutar até o final e não desistir jamais”, e foi apagada minutos depois. Segundo o promotor Ricardo Manuel Castro, a publicação pode configurar crime e dano moral coletivo, ultrapassando os limites da liberdade de expressão.

Antes da instauração do inquérito, o Palmeiras fez um acordo com o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para evitar punições esportivas a Vitor Roque, que incluía uma multa de R$ 80 mil e a obrigatoriedade de publicar um conteúdo contra a homofobia em suas redes sociais. O jogador também já pediu desculpas publicamente e afirmou que não teve a intenção homofóbica na postagem, classificando-a como uma “brincadeira” mal interpretada.

O caso ganhou destaque, pois o artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva enquadra atos discriminatórios, como homofobia, podendo resultar em suspensão de cinco a dez jogos para o atleta. Além de Vitor Roque, dirigentes do São Paulo foram denunciados por condutas relacionadas à disputa contra Palmeiras, reforçando o clima tenso em torno do clássico.

A investigação no âmbito do Ministério Público acompanha-se do processo no STJD, evidenciando a gravidade do tema e a disposição das autoridades para coibir atos discriminatórios no futebol e na sociedade. O inquérito ressalta a importância de mecanismos judiciais para responsabilizar publicamente condutas preconceituosas. A informação da investigação é do Portal Metropoles.