Trivela
·08 de julho de 2022
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Cyle Larin tende a ser daqueles jogadores mais importantes ao futebol de seleções do que aos seus clubes. O atacante é o maior artilheiro da história do Canadá, com apenas 27 anos, e se colocou entre os heróis da classificação do país à Copa do Mundo de 2022. Enquanto isso, tenta uma vitrine um pouco maior nas ligas europeias. O canadense teve bons momentos pelo Besiktas, mas a crise recente dos alvinegros o tirou das competições continentais. Até por isso ele se reposiciona no mercado e vai ter a chance de jogar a Champions League, levado pelo Club Brugge sem custos ao final de seu contrato.
O Besiktas sequer se classificou para a Conference League e faz uma limpa no elenco. A lista de jogadores dispensados inclui Alex Teixeira, Domagoj Vida, Adem Ljajic, Gökhan Töre e Jeremain Lens. Enquanto isso, os alvinegros também buscam novas alternativas com Gedson Fernandes, Romain Saïss, Cenk Tosun e Wout Weghorst. Larin entrou nessa dança das cadeiras e, fora dos planos das Águias ao final de seu contrato, teve sua saída facilitada. Todavia, com o nome em destaque graças à seleção canadense, conseguiu assinar com o Club Brugge – um time mais importante no contexto continental atual. Fecha até 2025, rechaçando propostas de equipes como Nottingham Forest e Olympiacos.
A carreira de Larin por clubes não é tão impressionante quanto pela seleção, mas tem vários momentos de destaque. O canadense surgiu muito bem pelo Orlando City e anotou 43 gols em 87 partidas pela MLS, com direito ao prêmio de “novato do ano” em 2015. Foi o que atraiu o interesse do Besiktas, que pagou €1,8 milhão em sua transferência. O atacante não emplacou em sua primeira temporada completa, mas se deu bem quando foi emprestado ao Zulte Waregem, da Bélgica. Voltou à Turquia em 2020/21 e se tornou destaque na conquista da Süper Lig, com 19 gols na campanha. Todavia, não manteve o nível e balançou as redes apenas oito vezes em 2021/22, somando todas as competições.
A mudança para o Club Brugge parece uma boa pelo próprio currículo de Larin, com uma passagem anterior pela Bélgica. Além disso, é uma volta por cima para o centroavante, que chegou a passar por testes no próprio Brugge antes de se profissionalizar nos Estados Unidos. O clube oferece uma vaga na Champions e domina a sua liga nacional. Poderá garantir um destaque para que o canadense chegue em alta na Copa do Mundo.
Larin não será o único talento do Canadá no elenco do clube, aliás. Em janeiro, o Club Brugge contratou Tajon Buchanan junto ao New England Revolution. O ala conseguiu tomar a posição na reta final do Campeonato Belga e auxiliou na conquista da liga, com direito a gol decisivo no quadrangular final. Será também uma importante companhia na adaptação do centroavante, enquanto o entrosamento talvez gere frutos aos Canucks.
O Club Brugge precisava de opções para o comando do ataque. Cedeu Bas Dost para o Utrecht e não renovou o empréstimo de Sargis Adamyan junto ao Hoffenheim, além de vender Loïs Openda para o Lens após seu retorno do Vitesse. Cyle Larin é um especialista ao setor, com presença física e oportunismo, para oferecer características diferentes ao lado de Noa Lang e Charles de Ketelaere. O Brugge ainda negociava com Vedat Muriqi, mas a compra naufragou, enquanto Ferran Jutglà chegou após empilhar gols com o Barça B na terceira divisão espanhola. Outra peça ofensiva que pode ser mais aproveitada é David Okereke, que volta de empréstimo do Venezia.