Gazeta Esportiva.com
·26 de dezembro de 2025
Relembre as piores falhas do Santos nesta temporada

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·26 de dezembro de 2025

A temporada de 2025 deixou claro que o Santos só poderá pensar em um futuro mais competitivo se corrigir erros básicos de planejamento, gestão esportiva e tomada de decisão. A permanência na Série A não apaga um ano marcado por improvisos, apostas equivocadas e dependência excessiva de soluções individuais. Desta forma, a Gazeta Esportiva selecionou as três principais falhas do Santos no ano. Confira!
Um dos grandes equívocos foi a aposta em Cléber Xavier. Em um dos momentos mais delicados de sua história, o Santos entregou o comando da equipe a um treinador que jamais havia comandado um time profissional. Foi um erro conceitual que escancarou a falta de discernimento entre o perfil de auxiliar e o de técnico.
O resultado foi desastroso. Sob o comando de Cléber, o Santos protagonizou uma das piores derrotas de sua história: o inesquecível 6 a 0 para o Vasco, no Morumbis. A demissão veio, mas não sem deixar marcas. Em uma trajetória com mais vitórias do que derrotas, Cléber deixou o cargo com apenas 42,2% de aproveitamento.

(Foto: Raul Baretta / Santos FC.)
Outro ponto que pesou negativamente em 2025 foi a política de contratações. O Santos foi ao mercado de forma intensa, trazendo cerca de 20 jogadores, muitos deles sem justificativa técnica clara ou compatibilidade com a realidade do elenco. Casos como Tiquinho Soares, Mayke, Leo Godoy e Thaciano ilustram bem o problema. Atletas experientes, com histórico recente relevante, mas que não renderam e não resolveram carências crônicas do time.
A falta de critério ficou evidente, sobretudo nas laterais e no comando de ataque, posições que viraram dores de cabeça ao longo de todo o ano. O clube acumulou investimentos que não se converteram em desempenho, reforçando a sensação de desperdício de recursos e ausência de um plano esportivo consistente. Trocar volume por qualidade foi um erro que custou caro em campo. Um grande exemplo é Bilal Brahimi, contratado na reta final da temporada e que pouco atuou.

(Foto: Raul Baretta/ Santos F)
Por fim, a volta de Neymar, embora simbólica e importante, escancarou outro problema grave: a dependência excessiva de um único jogador. Mesmo convivendo com lesões, o camisa 10 foi fundamental na reta final, marcando cinco gols decisivos e ajudando a garantir a permanência na Série A. Sem ele, o desempenho do Santos despencou, tanto em resultados quanto em competitividade.
A “Ney-dependência” evidenciou a incapacidade do time de funcionar coletivamente. O Santos apostou no talento individual como muleta para esconder falhas estruturais, táticas e de elenco. Para 2026, o recado é claro: Neymar pode ser diferencial, mas não pode ser plano único. Sem um time organizado, qualquer ausência vira um colapso.

Neymar, atleta do Santos. (Foto: Raul Baretta/Santos FC)









































