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·18 de novembro de 2025

Torcedora se posiciona após suspensão do Avaí por racismo

Imagem do artigo:Torcedora se posiciona após suspensão do Avaí por racismo

O Avaí decidiu suspender torcedora depois de identificação por caso de ofensa racial e xenofóbica contra fãs do Remo. O episódio ocorreu durante a vitória da equipe catarinense sobre a paraense no último sábado (15) pela Série B, e viralizou em âmbito nacional.

Apesar da conclusão do reconhecimento, o Avaí esclareceu que não há a possibilidade em expor o nome da suspeita por questões jurídicas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Apesar disso, o clube catarinense afirma que coopera com as autoridades ao disponibilizar informações quando solicitam.


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De acordo com o Avaí, a apoiadora não poderá frequentar jogos por um período indeterminado e representa parte de um processo interno. No caso, que teve prosseguimento por escolha da diretoria do clube e que prioriza o direito à extensa defesa e ao contrário. Depois do cumprimento do intervalo que a direção estabeleceu há a chance de ocorrer o banimento do quadro de sócios.

No vídeo, outro torcedor também promove insultos aos fãs do Remo. No entanto, o Avaí ainda não descobriu sua identidade e pretende aplicar a mesma punição da torcedora.

Suspeita se manifesta por caso em jogo do Avaí

Após a repercussão do episódio, a apoiadora que sofreu punição por suspeita de cometer racismo se manifestou. Por meio de seus representantes jurídicos, ela alegou que a sua postura no vídeo não comprova a sua real índole. Afinal, a torcedora esclarece que o clima hostil na partida interferiu para tomar a atitude. Por sinal, indica que o flagra por meio do vídeo demonstra somente um trecho da situação, pois relata que antes da gravação, ela foi vítima de agressões verbais.

Assim, reforçou a argumentação que houve uma “agressão mútua” contra determinadas pessoas na torcida e não um ataque coletivo contra todos os torcedores do Remo ou paraenses. Ela frisou que não conservar qualquer tipo de preconceito e pediu perdão a quem ficou ofendido. Além disso, declarou estar disposta a contribuir com as autoridades.

Veja o comunicado completo

A defesa da torcedora do Avaí Futebol Clube vem a público esclarecer os fatos relacionados ao vídeo que circula nas redes sociais. O registro divulgado não retrata quem a torcedora é, nem seu comportamento habitual.

Durante a partida realizada em 15/11/2025, no Estádio da Ressacada, diversos conflitos paralelos ocorreram no interior do estádio, gerando um ambiente de tensão que alterou o estado emocional de muitos torcedores, incluindo a envolvida.

Especificamente quanto ao episódio divulgado, a defesa afirma que a torcedora foi alvo de agressões verbais e ataques pessoais momentos antes. Parte desses acontecimentos não aparece nas gravações, que mostram apenas um recorte isolado e incompleto da situação.

O que se vê no vídeo, segundo a defesa, decorre de uma agressão mútua e pontual, envolvendo pessoas específicas, e não representa qualquer manifestação dirigida à torcida do Remo ou aos paraenses de maneira geral.

A torcedora reforça que não possui qualquer tipo de preconceito, mantendo profundo respeito por paraenses e catarinenses, bem como pelas torcidas do Avaí e do Clube do Remo. Lamenta profundamente o ocorrido e esclarece que jamais teve a intenção de ofender qualquer pessoa ou torcida.

Por fim, manifesta publicamente seu pedido de desculpas a todos que se sentiram atingidos e se coloca à disposição das autoridades competentes para quaisquer esclarecimentos necessários”.

Possíveis desdobramentos

Através da 40ª Promotoria de Justiça da Capital, o Ministério Público de Santa Catarina solicitará a abertura de uma investigação para averiguar se houve crime de racismo após ato xenofóbico. A Prefeitura de Florianópolis também se manifestou em rejeição e definiu o caso como inadmissível e totalmente distinto aos valores da cidade.

A Federação Paraense de Futebol foi mais uma que se posicionou com a mesma postura que a Prefeitura de Florianópolis. Inclusive, revelou que entrou em contato com a CBF e a Federação Catarinense de Futebol. A instituição expôs sua decepção com a ocorrência e classificou o episódio como crime e incongruente com o cenário esportivo. Também frisou seu compromisso com iniciativas de combate ao preconceito.

A punição para atos criminosos de ofensa racial com a adição de xenofobia pela legislação vai de dois a cinco anos de prisão e multa. A partir de 2023, a irregularidade se iguala ao racismo e vira imprescritível e inafiançável. Caso essas transgressões ocorram em esportivos, religiosos ou culturais, há a possibilidade o acesso a esses lugares por até três anos.

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