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·1. Oktober 2025
'Aberração': Unzelte ataca bravata sobre liga sem Flamengo

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A bravata de Leila Pereira sobre criar uma liga brasileira sem o Flamengo, ignorando completamente a extrema relevância do Rubro-Negro para o esporte brasileiro, foi rebatida pelo jornalista Celso Unzelte. Na "ESPN", o pesquisador relembrou a primeira vez que o país tentou fundar uma liga e criticou tanto a postura do Mais Querido quanto a dos outros clubes.
Iniciando o assunto, Unzelte ressaltou que se fala sobre criar uma liga no futebol brasileiro desde a década de 1980. E, de lá para cá, pouco evoluiu em termos de entendimento entre as equipes, com as rivalidades tomando conta do debate. Neste caso, o Flamengo se sentiu lesado por um acordo que não aprovou e foi à Justiça.
"Em casa que falta pão, todo mundo briga e não tem razão. O Flamengo é só o vilão da vez, tá? A primeira vez que tentaram fazer liga foi em 1987, no Clube dos Treze. Em uma reunião, Vicente Mateus [ex-presidente do Corinthians] falou que o que era bom para o São Paulo não poderia ser bom para o Corinthians", iniciou Unzelte.
Unzelte não escolheu um lado na discussão, mas apontou que o Flamengo está certo em reivindicar seus direitos. E ainda ressaltou que o que vale para o clube carioca também está em vigor para outros, como o próprio Palmeiras de Leila Pereira e clubes como São Paulo, Corinthians e Vasco.
"Liga: o nome já está dizendo, tem que dar liga. E não existe esse negócio de duas ligas. Quem tem duas ligas não tem liga nenhuma, certo? Então, está errado o Flamengo, em endurecer tanto essa questão. [Mas] ele tem razão. O Flamengo tem que ter, proporcionalmente, mais que os outros. Assim como Corinthians, São Paulo, Vasco, Palmeiras", disse.
E o pesquisador criticou a falta de entendimento entre as partes, que até hoje não conseguiram entrar em um consenso sobre a distribuição do dinheiro referente à audiência. Unzelte aproveitou para atacar a bravata de Leila Pereira, que falou em criar uma liga sem o Flamengo.
"Agora, tem que ter um limite. Tem que ter um mínimo, para o negócio do futebol não perder. É isso que não entra na cabeça dessa gente — nem do Flamengo, nem da Leila. Porque a Leila está certa de reagir, mas o argumento dela é o mesmo argumento do Flamengo: uma liga sem o Flamengo seria uma aberração, um tiro no pé, rasgar dinheiro" afirmou.
Por fim, Unzelte apontou que Leila Pereira deveria ser a primeira a não apoiar um projeto como esse, justamente pela queda de rentabilidade que isso geraria para todo mundo. Dona de negócios fora do Palmeiras, a presidente do time paulista deveria tocar o assunto de forma mais profissional, segundo ele.
"Quando essa gente vai parar de rasgar dinheiro? Aliás, a Leila seria a pessoa ideal para ensinar a não rasgar dinheiro, porque ela é quem mais tem dinheiro. E nos outros negócios dela, com certeza, ela trata de uma maneira mais profissional", completou Celso Unzelte.
Enquanto o debate se estende na Libra sobre a divisão do dinheiro, o Flamengo se preocupa com o próximo compromisso do Brasileirão, contra o Cruzeiro. Nesta quinta-feira, o Rubro-Negro — que lidera a competição — encara o time de Minas Gerais, segundo colocado, em busca de uma folga ainda maior na ponta. A bola rola às 20h30 (horário de Brasília).