A vitória que mexe no cálculo: Fortaleza renasce, mas ainda vive no limite da sobrevivência | OneFootball

A vitória por 3 a 2 sobre o Bahia, na Fonte Nova, foi muito mais do que um simples alívio momentâneo para o torcedor do Fortaleza. Pela primeira vez em semanas, o Leão provocou uma oscilação real na matemática do rebaixamento, pequena, mas simbólica o suficiente para recolocar o time no radar da permanência.

De acordo com projeções estatísticas, o Fortaleza saltou de 11,80% para 14,15% de chances de seguir na Série A. Um avanço tímido, mas, na prática, representa que o clube voltou a competir.

Não é exagero dizer que o triunfo em Salvador foi o mais pesado do time no returno. Não apenas porque veio sobre o melhor mandante da Série A, mas pela maneira como aconteceu: contra um rival que pressionou, criou e exigiu resistência de um elenco acostumado a oscilar mais do que gostaria. O Fortaleza resistiu ao volume do Bahia, foi letal nos contra-ataques e converteu as chances que, em outros jogos, sumiram pelo caminho.

O clube agora soma seis jogos sem perder e voltou a encostar no bloco que respira fora da zona da degola. Está três pontos atrás do Santos, o primeiro time fora do Z-4, e finalmente voltou a depender de uma combinação de desempenho próprio com tropeços alheios, e não apenas de um milagre estatístico.

Ainda assim, a situação continua delicada. Os 34 pontos deixam o Fortaleza no limite. Com a projeção “mágica” de 45 pontos, o time precisaria vencer os quatro últimos jogos no campeonato.

A diferença, contudo, é que pela primeira vez o time parece capaz de produzir esse “sprint” final. Palermo vem encontrando alternativas, o trio ofensivo se movimenta com naturalidade, e a equipe demonstra uma maturidade tática que simplesmente não existia há um mês.