Gazeta Esportiva.com
·24 de novembro de 2025
Análise: apático, Corinthians é dominado pelo Cruzeiro e precisa aprender com erros antes de semifinal

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·24 de novembro de 2025

Por Thais Bueno
Na prévia do confronto da semifinal da Copa do Brasil, o Corinthians mostrou apatia total e foi totalmente dominado pelo Cruzeiro, que ganhou por 3 a 0, com extrema facilidade, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Timão pode levar a derrota por dois caminhos: deixar-se abalar ou aprender com os erros para não cometê-los novamente na eliminatória, agendada para daqui três semanas.
O técnico Dorival Júnior optou por manter Angileri como terceiro zagueiro e escalou Hugo na ala esquerda, uma vez que Matheus Bidu foi desfalque por dores no joelho direito. Já no meio-campo, o treinador apostou no retorno de duas peças importantes: Rodrigo Garro, de volta após suspensão, e Raniele, recuperado de lesão. Sem Memphis, Gui Negão manteve o posto no 11 inicial.
Como esperado, o Cruzeiro começou a partida com a posse de bola e tomou conta do jogo. O meio-campo e a defesa do Corinthians cederam espaços aos jogadores mais criativos da Raposa, sobretudo pelo lado direito – nos primeiros minutos de jogo, Arroyo foi bastante acionado no setor defensivo de responsabilidade de Matheuzinho.
A partir dos 15 minutos, o Corinthians conseguiu diminuir o ímpeto do Cruzeiro com um jogo mais físico, com faltas marcadas para os dois lados. O Timão, porém, esteve muito lento e não conseguiu acionar Garro, seu principal meia criativo, e produziu pouquíssimo no ataque. A chegada mais perigosa foi aos 21 minutos, quando Hugo cabeceou para fora e, posteriormente, o impedimento foi marcado. A equipe sequer conseguiu trocar muitos passes.
Foi aos 25 minutos que o Corinthians levou o primeiro gol no Mineirão. Matheus Pereira, com muito espaço para jogar, encontrou um lindo passe para Christian, que chegou cruzando. Arroyo completou e Felipe Longo salvou em um primeiro momento, mas a defesa corintiana apenas assistiu Kaio Jorge pegar o rebote e estufar as redes. Fato é que o Alvinegro paulista jogou mal e mereceu sair perdendo no primeiro tempo.
A impressão que a etapa inicial deixou é que as equipes entraram em campo em duas sintonias totalmente diferentes. O Cruzeiro pareceu fazer pouco esforço para jogar e criar oportunidades, gerando jogo constantemente. Já o Corinthians entrou totalmente desligado e teve pouquíssimo volume de jogo. A equipe corintiana não deu uma finalização no alvo sequer. Esperava-se outra postura após a vitória no Majestoso, mas o time esteve apático.
No intervalo, Dorival percebeu as dificuldades do Corinthians e promoveu três mudanças de uma só vez. Carrillo, André e Vitinho entraram. Com isso, o Timão voltou para a linha de quatro, com Hugo e Matheuzinho como laterais e um meio-campo formado por André, Carrillo, Breno Bidon e Rodrigo Garro.
As alterações, porém, sequer surtiram efeito, já que o time levou o segundo gol aos três minutos da segunda etapa. Matheuzinho, já como lateral, voltou a sofrer com Arroyo, que apareceu com liberdade pelo lado direito e cruzou rasteiro. Tchoca não conseguiu afastar bem e o desvio fez a bola cair nos pés de Kaio Jorge, que só teve o trabalho de completar para o gol.
O Corinthians, depois do 2 a 0, estava entregue em campo. O time teve um pouco mais a posse, mas parecia não saber o que fazer com a bola. Além disso, a equipe perdeu completamente o embate físico e tático no meio-campo. E se o Timão ainda sonhava em ensaiar uma reação com um lance de Yuri Alberto, esse objetivo foi por água abaixo om o terceiro gol do Cruzeiro. O Alvinegro ofereceu muitos espaços em contra-ataque e Arroyo ampliou a vantagem.
Após o terceiro gol, Dorival ainda promoveu duas mudanças. Dieguinho substituiu Garro, enquanto Martínez entrou na vaga de Breno Bidon. O comandante alvinegro, porém, demorou a reforçar o meio-campo para conter os principais articuladores do Cruzeiro. A esta altura, o Corinthians já estava totalmente dominado. A apatia demonstrada no primeiro tempo se manteve no segundo.
Agora, resta saber como o Corinthians irá encarar essa derrota e se saberá aproveitá-la para corrigir os erros antes do confronto da Copa do Brasil. O revés pode indicar caminhos e decisões a não serem repetidas por Dorival, mas certamente não será fácil de ser digerido. O resultado, somado à postura apática, ligou o alarme da torcida – e deveria também acender o alerta para elenco, comissão técnica e diretoria.









































