AVANTE MEU TRICOLOR
·05 de novembro de 2025
Relembre como foi o primeiro jogo do São Paulo como mandante na Vila Belmiro, em 1937… CONTRA O SANTOS

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·05 de novembro de 2025

O São Paulo enfrenta o Flamengo na noite desta quarta-feira (5) o Flamengo em um estádio pouco usual para os tricolores: a Vila Belmiro. Embora tenha jogado no campo do rival Santos como mandante há três anos, em uma vitória sobre o Bragantino pelo mesmo Campeonato Brasileiro, o duelo ante os cariocas nesta noite será apenas a terceira vez do clube como mandante no tradicional estádio do litoral.
A primeira foi pelo Campeonato Paulista de 1936. E o adversário foi justamente o Santos, dono da casa. Eram outros tempos, de um Tricolor mais modesto, ainda sem estádio próprio e que topara a inversão de mando por problemas do calendário da época, em uma história que vamos contar detalhadamente a seguir.
Embora já estivéssemos em abril de 1937, o Campeonato Paulista de 1936 ainda não tinha chegado ao fim. A última rodada do segundo turno seria meramente protocolar para o São Paulo, que não aspirava a nada mais do que o segundo lugar do turno, que já tinha sido vencido pelo Palestra Itália — o Alviverde decidiria o título do torneio contra o Corinthians, campeão do primeiro turno. De qualquer maneira, para o Tricolor a posição já era um grande avanço, depois de ter dividido com o fraco Lusitano a vice-lanterna na primeira metade da competição, à frente apenas do Paulista. Vale lembrar que esse foi o primeiro campeonato disputado pelos são-paulinos após sua refundação.
Por não ter estádio próprio, o São Paulo vinha mandando várias partidas no estádio adversário, o que já havia acontecido naquela edição contra Portuguesa Santista, Paulista, Corinthians, Palestra Itália e, uma semana antes, Espanha. Neste caso, a tabela da Liga Paulista de Futebol trazia o clube como mandante diante dos santistas e, no documento de providências para a rodada, confirmou esse mando, apesar de o San-São ter sido marcado para a Vila Belmiro.
O jogo começou com predomínio dos “visitantes que jogavam em casa”. Eles conseguiram abrir o placar aos cinco minutos, numa descida de Taveirinha, que cruzou para Araken Patusca aplicar a Lei do Ex e marcar de cabeça. Os tricolores tentaram responder em seguida, mas não criaram perigo e ainda viram Nicolau Moran puxar um contra-ataque que terminou com um chute de Araken, passando tão perto da trave esquerda, que ficou preso na rede, dando a muitos torcedores a impressão de ter entrado. Só depois de olhar de perto a situação é que o árbitro Sylvio Stucchi determinou o tiro de meta.
Ainda assim, o Santos não demorou para chegar ao segundo gol, que saiu aos 12 minutos, agora em jogada de Ítalo pela esquerda, com novo cruzamento, agora encontrando a cabeça de Viveiros. O São Paulo demorou um pouco para se recuperar do abalo, mas eventualmente melhorou, obrigando o goleiro Wálter a trabalhar em finalizações do de Carioca, duas vezes, e Ministrinho. O adversário, no entanto, seguia criando oportunidades. Depois que algumas delas foram perdidas por falta de pontaria, quase no fim da primeira etapa Viveiros teve o que seria o terceiro gol anulado por impedimento.
Após o intervalo, o jogo começou mais morno, com estocadas sem grande perigo, até que Moran soltou uma bomba que King defendeu com dificuldade. O goleiro tricolor também parou Araken em outro momento, e o atacante ainda desperdiçou mais uma chance, antes de Carioca descontar, após tabela com Tino. O Alvinegro continuou melhor, mas seguia errando o alvo quando atacava, embora também corresse algum risco atrás, especialmente nas investidas de Ministrinho. Aos dezoito minutos, o jogo chegou a ficar parado para atendimento a Wálter, atingido por uma joelhada de Tino ao tentar tomar-lhe a bola. Em outro lance de choque casual, Moran e Felipelli trombaram, e a bola sobrou para Gradim, que chutou de média distância para marcar o terceiro gol.
Os dois times seguiram dando trabalho para os arqueiros, até que Aurélio recebeu em posição duvidosa e levantou a bola para Ministrinho cabecear e diminuir a vantagem santista, aos 36 minutos. Só que, faltando apenas quatro para o apito final, quase não houve tempo para o Tricolor buscar o que seria um heroico empate.
O time tentou, especialmente pela ponta direita, ocupada por Ministrinho, mas não obteve sucesso. A partida foi finalmente encerrada quando Felipelli fez falta em Taveirinha, e Stucchi nem sequer deixou que ela fosse cobrada antes de apitar pela última vez.
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